por Paul Harrison.
![]() 16 de dezembro de 1996. |
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![]() Nomeado por o melhor site internacional, 1997. |
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A terra é sagrada.
O cosmo é divino.
Explosão da supernova Cygnus, imagem TEH, 11 de fevereiro de 1995.
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Você é um Panteísta?
Quando você olha de noite para o céu ou para as imagens do Telescópio Espacial Hubble, você se deixa tomar por sentimentos de espanto e de admiração diante da irresistível beleza e força do universo?
Quando em meio à natureza, numa floresta, na praia, no pico de uma montanha – você já sentiu a sensação do sagrado, como se estivesse dentro de uma vasta catedral?
Você acredita que os Homens deveriam constituir uma parte da Natureza, ao invés de colocados acima dela?
Se você é capaz de responder afirmativamente a cada uma destas questões, então você possui tendências panteísticas.
Você é cético a respeito da idéia de um Deus à parte, fora do universo?
Você sente contudo a necessidade de uma religião, do reconhecimento de algo maior que você mesmo ou que a raça humana?
Se você pode responder sim a mais estas questões, o Panteísmo é então muito provavelmente o seu natural lar religioso.
O Panteísmo é uma religião muito antiga – mais velha que o Budismo ou o Cristianismo – e já conta com centenas de milhões entre os seus membros. A maioria dos Taoístas são panteístas, juntamente com vários Budistas chineses, japoneses e ocidentais, vários ecólogos, pagãos, animistas, seguidores de diversas religiões nativas, e muitos Universalistas Unitários. As escrituras filosóficas centrais do Hinduísmo são panteístas. Diversos ateus e humanistas são panteístas sem se darem conta disso.
Entretanto, o panteísmo moderno é pouco conhecido, e freqüentemente mal compreendido. Ele não tem nada a ver com “panteão” – a crença em vários Deuses. Nem se trata de teísmo ou ateísmo, pelo contrário, os transcende a ambos. O seu princípio central declara que o universo é divino e que a natureza é uma parte sagrada do divino.
O Panteísmo é também a religião do futuro. Ajude a acelerar a sua chegada. Venha para casa, venha para o Panteísmo.
A função destas páginas é a de ajudá-lo a explorar as várias facetas do Panteísmo.
Em que o Panteísmo acredita.
No coração do panteísmo está a reverência pelo universo como divino e pela terra natural como sagrada.
Quando dizemos O UNIVERSO É DIVINO não estamos falando de um ser sobrenatural. Estamos falando do modo em que nossos sentidos e emoções nos fazem reagir ao mistério e à força irresistíveis que nos rodeiam.
Nós somos parte do universo. Nossa terra foi criada a partir do universo, e será um dia reabsorvida pelo universo.
Nós somos feitos da mesma matéria e energia que o universo. Aqui não nos encontramos no exílio: estamos em casa. É só aqui que poderemos obter a chance de olhar para o divino cara a cara. Se acreditarmos que o nosso verdadeiro lar não é aqui, mas numa terra que se encontra além da morte – se acreditarmos que o divino se encontra somente em velhos livros, ou velhas construções, ou dentro de nossas cabeças – olharemos então para este mundo real, vibrante e luminoso como se através de um vidro escuro, embaçado.
O universo nos cria, nos preserva, nos destrói. Ele é tão profundo e antigo que não podemos atingi-lo com os nossos sentidos. Ele é tão belo que não o podemos descrever em palavras. Ele é tão complexo que a nossa ciência não o pode totalmente compreender. Temos de nos relacionar com o universo através da humildade, do respeito, da reverência, da comemoração e da busca por uma compreensão cada vez mais profunda – em outra palavras, através dos vários modos em que os crentes se relacionam com o seu Deus respectivo.
Essa divindade está em toda a parte, dentro e fora de você, e você não poderá jamais se separar dela.
Seja o que lhe for tomado, ela não pode ser nunca tomada de você.
Seja onde for, ela está lá com você.
Para qualquer lugar que vá, ela vai com você.
Aconteça-lhe o que for, ela permanece com você.
Quando dizemos que A TERRA É SAGRADA, nós o dizemos com tanto compromisso e reverência assim como falam os crentes a respeito de seus templos, de suas relíquias ou de seus santos. Mais uma vez, porém, não se trata de seres sobrenaturais. Estamos dizendo o seguinte:
Fazemos parte da natureza. A natureza nos criou e, ao morrermos, seremos reabsorvidos pela natureza. Estamos em casa dentro da natureza e dentro dos nossos corpos. É a eles que pertencemos. Este é o único lugar onde podemos encontrar e erguer o nosso paraíso, e não num mundo imaginário do outro lado da tumba. Se a natureza é o único paraíso, então separarmo-nos da natureza é o único inferno. Ao destruirmos a natureza, criamos para as outras espécies, e para nós mesmos, o inferno sobre a terra.
A natureza é a nossa mãe, o nosso lar, a nossa segurança, a nossa paz, o nosso passado e o nosso futuro. Deveríamos tratar os habitats e tudo o que pertence à natureza assim como os crentes tratam os seus templos: como algo sagrado – para ser reverenciado e preservado em toda a sua intrincada e frágil beleza.
Veja O Credo Panteísta.
Como o panteísmo pode beneficiá-lo.
O Panteísmo oferece a mais ampla e positiva compreensão da vida, do corpo e da natureza de qualquer religião. Os nossos corpos não são sujos e diabólicos: eles são bons. A natureza não é um reflexo de algo nas alturas: ela é o mais alto. A vida não é um caminho rumo a algum lugar: ela é a destinação. Nós devemos fazer o máximo enquanto ainda a temos.
O Panteísmo tem os seus pés colocados no mundo de hoje. Ele concilia a preocupação pelos homens com a preocupação pelo planeta. Ele põe a vida, e não a morte, no centro de nossas preocupações.
O panteísmo científico tem como seu mote central:
Mente sã – corpo são – terra sã.
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- Mente sã:
O Panteísmo promove uma mente que aceita o mundo: uma mente alerta à realidade vibrante, em contacto com os sentidos, aberta para a energia do corpo e do universo. Uma mente completamente desperta para a natureza, pronta para novos conhecimentos, receptiva à beleza do mundo natural.
O Panteísmo promove uma mente que aceita a vida, o corpo e o si-mesmo: uma mente não atormentada pela culpa do pecado original ou pela incapacidade de ser um mártir; uma mente livre da ansiedade da morte ou da possibilidade de uma punição eterna no além-túmulo.
O Panteísmo promove uma mente sã e completa, que respeita a razão e a evidência, uma mente que não aceita, sem uma base racional, crenças fundamentais apoiadas por antigas escrituras ou declarações de gurus. O Panteísmo exige a inexistência de fé em eventos impossíveis ou revelações secretas.
O Panteísmo satisfaz a nossa necessidade de reverenciar algo maior que nós mesmos – nunca deixando, porém, a terra de lado, e nunca partindo do óbvio. O Panteísmo funde religião e ciência, matéria e espírito.
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- Corpo são:
As religiões transcendentais – especialmente o Cristianismo primitivo e o Budismo Theravada – se posicionam negativamente com relação ao corpo. O corpo é visto como um recipiente temporário para a alma, ou como um saco repugnante cheio de substâncias mal cheirosas.
O Panteísmo se posiciona de uma maneira totalmente positiva. O corpo é natural e é sagrado como qualquer outra parte da natureza. Se exercidos sem prejuízo à saúde de si mesmo ou à dos outros ou sem prejuízo à natureza, os prazeres dele advindos são bons, e não maléficos. Cuidar do corpo, preservar a sua saúde e sua boa forma através de exercícios e de uma dieta saudável são coisas que podemos e deveríamos fazer sem nenhum complexo de culpa.
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- Terra sã:
Para as religiões transcendentais, a terra inteira, assim como o corpo, é meramente um estado temporário que será destruído diante do Juízo Final, ou que desaparecerá no momento em que percebermos que não passa de mera ilusão.
Mas esta terra não é sonho nem ilusão. O Panteísmo é pela afirmação da terra e preserva a natureza como o mais sagrado dos templos. Preocupar-se com a saúde da terra não é somente uma questão de sobrevivência humana, não é somente uma questão de preservar a diversidade e a natureza ainda intocada para a nossa diversão. É um dever religioso primário.
Por que o panteísmo é necessário.
Às vésperas do Terceiro Milênio, nós nos tornamos cidadãos do cosmo. Através dos olhos do telescópio Hubble, estamos observando o universo como nunca antes. Estamos vendo o vazio do espaço pleno de galáxias densas como neve. Estamos vendo o nascimento de estrelas. Estamos descobrindo discos planetários ao redor de estrelas. Estamos encontrando aminoácidos no espaço.
Nesta condição, torna-se impossível acreditar em deuses apartados do universo, ou em deuses que tenham criado essa incompreensível imensidão só para emoldurar a nossa fugaz presença.
Nesta mesma geração perdemos nossa cidadania da terra, e arriscamos perder nossa delicada posição no cosmo. Adquirimos a capacidade de modificar a vida, de alterar ecossistemas, de mudar o próprio planeta e de ameaçar o futuro de cada uma das espécies, incluindo a nossa.
Atualmente temos necessidade de religiões que forneçam um forte apoio à ação ambiental. Entretanto, as três maiores religiões ocidentais proporcionam apenas um pálido auxílio.
Nesta geração a religião precisa atingir a maioridade. A religião precisa renascer na era do espaço, na era da ciência, na era do meio-ambiente.
Como Carl Sagan escreveu em Pale Blue Dot (1994):
Uma religião, seja ela nova ou antiga, que sublinhe a magnitude do universo revelada pela ciência moderna, deveria ser capaz de liberar cargas de reverência e respeito que não foram liberadas pelas fés convencionais. Mais cedo ou mais tarde, tal religião vai emergir.
Tal religião já existe. É o panteísmo moderno.
Introdução ao site do Panteísmo Científico.
As páginas seguintes podem lhe servir como um guia do Panteísmo:
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- para a sua rica história, representada por pensadores e textos de tradições que partem do Hinduísmo, Budismo e Taoísmo até a Grécia Antiga, Roma, Islã e Cristianismo, e de épocas desde o século VI a.C. até o presente. Para uma exposição completa, foram também incluídos alguns panenteístas cristãos, muçulmanos e judeus. Os panenteístas crêem que Deus é maior que o universo, mas que está também no universo e na natureza.
- E para a teoria e a prática do Panteísmo Científico – da auto-existência e auto-organização do cosmo e da natureza aos meios através dos quais podemos afirmar e comemorar o fato de pertencermos e estarmos ligados a eles e uns aos outros, criando condições sociais e ambientais para que cada um possa aproveitar essa ligação. O Panteísmo Científico deve ser considerado como um enfoque consistente, não-dual, empírico e lógico do panteísmo.
Junte-se ao nosso crescente movimento.
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Se você acha que é um panteísta e gostaria de se juntar à nossa nova organização panteísta, que está em processo de formação, então REGISTRE-SE AQUI e você receberá mais detalhes quando estivermos prontos para admitir membros.
Se você deseja incluir-se na lista de endereços do panteísmo científico, clique na Introduç&at; ilde;o à lista de endereços.
A teoria encontra-se resumida nos Princípios básicos e FAQS do Panteísmo Você pode também carregar VIA FTP uma versão ascii das páginas dos Elementos do Panteísmo Científico [142k] e uma das páginas da Prática do Panteísmo [86k]. Ou você pode também carregar um arquivo .ZIP de ambos os documentos [86k] [Vide nota]
Se você sente que pode ajudar a difundir a mensagem, na Web ou de qualquer outra maneira, dê uma olhada em Como você pode ajudar a difundir o Panteísmo e Divertindo-se em fóruns e grupos de notícias.
ELEMENTOS DO PANTEÍSMO
Fundamentos
O Credo Panteísta: em que os panteístas científicos acreditam.Princípios Básicos do Panteísmo Científico.A afirmação panteísta da vida, do corpo e do universo.O que é científico no Panteísmo Científico?FAQs do Panteísmo: panenteísmo, paganismo, ateísmo, livre-arbítrio etc.Debates sobre Panteísmo Científico: discussões do mail group. NOVO!! Como você pode ajudar a difundir o Panteísmo.
Princípios
Deus e cosmo: os atributos divinos – a força e a transcendência de Deus.Deus e a recepção humana: a Idéia do Divino. NOVO!! Deus e sociedade: os atributos imaginários – justiça e amor.Deus e realidade: os atributos não reconhecidos – fluxo e caos.
O cosmo auto-existente: causa e propósito.O cosmo auto-organizante: projeto e ordem.Matéria e Mistério: materialismo versus idealismo.Unidade e diversidade: o Vário e o Uno. NOVO!! Gaia: Unidade de vida na Terra. NOVO!!
A mente de Gaia: Como caímos da unidade. NOVO!!
Prática
União mística com a Realidade: técnicas panteístas de meditação.Percepç&at; ilde;o panteísta: readquirindo a visão da criança. NOVO!! Tempo sagrado, espaço sagrado: cerimoniais e comemorações no panteísmo.“Igrejas” panteístas: Como elas poderiam ser? NOVO!!
Ética panteísta: os direitos do sagrado. NOVO!!
A via panteísta da morte: morte natural, sobrevivência realista. SEÇÃO NOVA!! O cosmo divino: a expressão das escrituras.
Afins
Ateísmo e panteísmo: os ateístas religiosos. NOVO!! Panteísmo e paganismo: uma simbiose. NOVO!!
Polêmica
O Além: promessas e problemas. NOVO!! Os riscos da fé: abandonando a razão.Ética e Deus: a mais abalada das fundações. NOVO!!
A Bíblia e o Meio-Ambiente: do domínio à destruição. NOVO!!
HISTÓRIA DO PANTEÍSMO E DO PANENTEÍSMOHistória do Panteísmo: introdução e índice.Variedades de panteísmo: de afirmação e de negação do mundo.Panteísmos sexuais.
Religiões tribais
Índios Norte-Americanos: a espiritualidade da natureza. NOVO!!
Grécia e Roma clássicas
Materialismo grego: Tales, Anaximandro, Anaximenes.Heráclito – o sacerdote do fogo.Zenão de Cittium – pai fundador dos Estóicos.Marco Aurélio – o imperador-filósofo.Plotino – união mística com o Uno.
Taoísmo e neo-Confucionismo.
Lao Tsé – o Tao da Realidade. NOVO!! Chuang Tzu – o filósofo-borboleta do Taoísmo.Chang Tsai – filho do Céu e da Terra.
Hinduísmo
Upanishads – a sabedoria secreta do Hinduísmo.Bhagavad Gita – a canção de Deus.
Budismo
Budismo Tântrico – panteísmo sexual.
Judaísmo
Velho Testamento e Talmude – a onipresença de Deus. NOVO!!
Islã
Ibn al-Arabi – o místico Sufi.
Cristianismo
O Novo Testamento: o Espírito Santo e o Cristo-panteísmo de PauloOs orgiastas Gnósticos – liberando a luz interiorOs Irmãos do Espírito Liberto – amoralidade divina.Hildegard de Bingen – visões de divindade. NOVO!!Mestre Eckhart – passando para além de Deus.Tomás de Aquino – o doutor angelical.
Moderno
Spinoza – o filósofo geométrico.Rousseau – o primeiro romântico.
Poetas panteístas: Wordsworth, Coleridge, Goethe, Tennyson, Whitman etc.
Hegel: a teologia da história. NOVO!!
Ralph Waldo Emerson – o globo ocular transparente.Friedrich Nietzsche – afirmação do mundo e da vida. NOVO!!O Monismo de Ernst Haeckel. NOVO!!
Albert Einstein e o mistério cósmico.A teologia real de Star Trek – o panteísmo de Gene Roddenberry
A seguir em breve:
- Budismo Hua Yen
- Zen Budismo
- Attar
- Giordano Bruno
- A. N. Whitehead
- D. H. Lawrence
- Teilhard de Chardin
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